Memórias enfaixadas...

Apesar de aqui já ter falado desta Un, por vezes a memória é como uma rede...
Assaltam-me lembranças que julgava já perdidas... outras vezes a memória é selectiva, fazendo esquecer as cenas menos agradaveis...e por vezes outras que não tem nada a ver ver umas com as primeiras.

Ficam aqui duas lembranças:
A Primeira, tem a ver com uma arma que se usava na Armada, a Pistola Savage, 7,65 m/m... (que era um monte de ferro!) Qual era a peça mais importante?

A Segunda... de novo a ver com Montejunto..Qual a peça mais importante?

Aqui fica o Vídeo da EDACI 11 Montejunto em finais da década de 50...

Cohorte...

O termo "Cohorte" (do latim cohors, cohortis) tem vários significados:
Em história militar, uma Cohorte era uma unidade táctica de infantaria do antigo exercito romano.
Era formada por 480 homens e constituía a décima parte de uma legião romana.

Por geral, os veteranos ocupavam a primeira e última filas da Cohorte.
O seu nome pode vir do verbo latino "cohortari" (incitar), devido a que a força da Cohorte estava relacionada com o número de homens que podiam escutar juntos a voz do chefe, que lhes ordenava a actuação no campo de batalha.

Uma Cohorte é um conjunto de indivíduos de uma população que partilham a experiência, dentro de um determinado período temporal. Normalmente identifica-se com o grupo de nascidos num determinado período...

Memórias da Cohorte XXXIII ( Base Aérea Nº 9- Luanda)

Base Aérea Nº 9 - Luanda...
Se conseguisse, ficaria horas a escrever sobre a que foi uma " Pérola " da Força Aérea Portuguesa.
Mas as memórias são o que são... quando propus em 1993 ao CAVFA o passar de acetato para vídeo destes e outros filmes, tal foi recusado por alegada falta de prisma.
Ainda bem que houve umas almas caridosas que tomaram em ombros tal tarefa.
As memórias perdem-se...misturam-se, confundem-se no tempo e no espaço.
Confundem-se datas, tacteia-se a custo as fotos, para escrutinar os rostos de camaradas e amigos quiçá já falecidos.




Como as imagens valem mais que mil palavras... aqui fica o Vídeo.

Memórias da Cohorte XXXII... (Rancho geral e mitos)

Ao contrário do que por vezes se diz, por norma nas UN não se comia cavalo...( cavalo, mula ou asno)
Por norma, mas com excepções, pois tal estava regulamentado...
Só em dias de festa... ou seja quando morria algum solípede, em acidente, era dia de festa...

Memórias da Cohorte XXXI - 21 Julho

Revista ao Pelotão de Tráfego


O dia 21 de Julho era comemorado como o dia da Arma de Cavalaria.
A escolha de tal data deveu-se ao combate de Macontene, que Joaquim Mouzinho de Albuquerque travou na província de Mocambique, a 21 de Julho de 1897, com uma UN de Lanceiros.

Confesso-me como fraco cavaleiro, mas tendo diversos membros desta Cohorte sido verdadeiros Centauros... aqui fica a nota, e a memória...




A Galope...


Parada de Lanceiros 2 - Lisboa, 1959/60...

Memórias da Cohorte XXX... (1ª RA-GDACI-COFA-BOTP1 - Monsanto)

"FIRMEZA E ARDOR"

Por despacho do Secretário de Estado da Aeronáutica n° 10/57 foi criado o Comando da 1ª Região Aérea que entrou em funções em 01ABR57.

Estava sediado provisoriamente na Av. António Augusto de Aguiar, em Lisboa, tendo em 01ABR70 sido transferido para as instalações de Monsanto que começaram a ser construídas em 1952, por desanexação a Marinha e nas quais desde 1954 funcionava já o GDACI.
Durante o ano de 1978, mudou, ficando a designar-se COFA, com funções em tudo similares às do extinto Comando da 1ª R.A.


Através do Decreto-Lei n° 317/78 o Conselho da Revolução decretou, nos termos da alínea a) do nº 1 do artº 148° da Constituição, o seguinte:

Art 1°- É criado o Comando Aéreo Nacional, sendo o Chefe do Estado Maior da Força Aérea o seu comandante.
Art 2°- Na dependência do Comando Aéreo Nacional existe então o Comando Operacional da Força Aérea - COFA - em substituição do impropriamente designado Comando da 1 a Região Aérea, o qual é agora extinto.
Art 3°- As funções e organização do extinto Comando da 1ª Região Aérea transitam para o COFA enquanto não forem alteradas por portaria do Chefe do Estado Maior da Força Aérea. Art 4°- Outros comandos ou organizações da Força Aérea poderão, futuramente, ser colocados na dependência do Comando Aéreo Nacional por portaria do Chefe do Estado Maior da Força Aérea.

O dia 01 de Abril está considerado como o dia de Un do COFA, porquanto, sendo este Comando sucedâneo da extinta 1 ª Região Aérea, foi considerado manter a mesma efeméride.
O COFA é o órgão directamente responsável pelo cumprimento da missão que, na sua global idade, cabe à FAP no contexto nacional.

EDACI 12 (??)
EDACI 12

Controle da Intercepção... manobras 09/1956..
Assistem as operações o Sr Gen. CEME Botelho Moniz e o Sr Gen. Pilav. Costa Macedo.

Símbolo de "Explorador de Radar", que era usado na antiga farda cinza, no braço esquerdo dos casacos dos uniformes 1 e 2.
O Plano de Uniformes da FAP mudou para Azul em 1968, sendo que nos anos de 1969 e 1970 ainda havia malta de cinza...



A 05 Jun 1975, é criado a BOTP1, ficando sediada ai até 1991...
“GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS”
Tinha duas CCP´s, a 111 e a 112.




Postscript:
Tendo amavelmente recebido um aviso de que as fotos estavam mal identificadas, procedo a sua correcção.
O prédio da Av. A.A de Aguiar, foi propriedade da FAP tendo ai em 1974 funcionado a Comissão Liquidatária de Responsabilidades e foi alienado depois de 1976...
Se não me falha a memória, tambem havia entrada pela Av Sidónio Pais.
Quando da criação da SEA, foi acordado com a Armada a desanexação deste ramo dos terrenos que se prolongavam até ao miradouro. Começaram em 1952 as limpezas de terrenos e desmatamento, sendo as obras concluidas em 55.
Os monogramas de uso pelo pessoal do GDACI foi regulamentado pela determinação 11 da O.
A. nº 7 de 1957 pag 413, sendo que até essa data não estava regulamentado e era...como calhava!

Memórias da Cohorte XXIX... (CIAAC- Cascais)

"NUNCA A PENA EMBOTOU A ESPADA"

Un do Exercito português, casa mãe da Artilharia Antiaérea em Portugal, foi local onde a COHORTE passou, e constactou existir um Sto António com galões de Cor.(?)
Aqui se beberam estratégias, ( A Un era a data SubUN do RAAF de Queluz e tinha por Cmd o Sr Cor Art Gomes) nos fins dos anos 40, princípios de 50 para o SDA da FAP.
A data, operavam peças A.A. Bofors Mk IV ( ??)



Cidadela, vista da Messe de Of de Marinha

Na Cidadela, além do CIAAC, estavam a estação Radio-Naval e a casa da Presidencia.


Procissão de Sto António

Memórias da Cohorte XXVIII... ( Escola Militar de Eletromecânica - Paço de Arcos))

Crachá Emel


Crachá da Comp. FAP


" NÂO MENOS NOS ENGENHOS QUE NA ESPADA"

Radar de instrução Tiro AA 3 Mk 2 ( ou seria Mk7?)


Praticas de radar
Formatura Geral da EMEL

À Dta do estandarte. está a Companhia de alunos da FAP.


Desde sempre, local onde foram formados os nossos "MRadio" e "MRadar", sendo depois dai enviados para as unidades.
A FAP, cujos especialistas eram em esmagadora maioria voluntários, contrastavam pelo brio, diligencia e aprumo. Comia-se lá miseravelmente, pelo que os "nossos especialistas" recorriam a expedientes vários para se safarem ao rancho...

Memórias da Cohorte XXVII ... ( Base Aérea Nº2- Ota)

"Cumprir além do dever"
Muito antes das polémicas com Aeroportos e negócios esconsos, já lá estava a BA2...pelo menos desde 1939, altura em que começaram a ser construídas as infraestruturas a Este da EN1.
A B.A.Nº2 foi inaugurada em 14 Abril de 1940... ainda na arma do exercito.
Quando da Criação da FAP, como ramo independente era comandante o Sr Cor. Deslandes.
Foi nos anos de 50 que a Cohorte por lá passou... dando instrução.

Chegada dos C-45... para se juntar aos que já tínhamos da A.Naval.

F84 Maio 1953 Esquadra 20
1Cab Peniche, os outros não recordo...Ainda se usava as divisas a "espanhola"





Linha F84


Regresso

5158




T6 ainda com o "amarelo"

Com respeito a estradas de Montejunto...

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Não respondendo por norma a comentários, (espero não ofender ao declinar assim o amável convite feito pelo Sr Ramos, uma vez que as mensagens são feitos "A rogo..." "...ZAN..." ) venho confirmar a afirmação feita no Oppida anterior, acerca do rasgar e alargar das estradas de acesso quer a Quinta da serra, quer a S. João e N.S. das Neves, seguindo de seguida para as cotas 658, 662 e 666.
A estrada foi alargada, em Janeiro 1953, desde a saída sul de Pragança, cota 218, até ao cruzamento ( cota 330 que é visivel em cima) que vai para Abrigada, via Barreiras vermelhas e Puceteira.
Dai até a Cruz de Salve Rainha, encostada a falésia foi alargado o caminho de carro de boi, que começava a cota 350 com uma inclinação de 15 %, sendo feito novo traçado dai da Cruz até ao cruzamento do caminho de oeste que saia para a Portela, via moinhos do Casal da serra e acabava em VV Francos.
Chegou-se a esse cruzamento, onde ainda está um ex Voto triangular erigido pelo Sr Cap. Diniz com alcatrão em Março 1954. ( Foto Abaixo)


Foto daqui

O acesso anterior para o material pesado era feito de oeste pela estrada de VV Fancos, que começo a ser alargada e retraçada em alguns trocos em simultâneo, mas que devido ao menor declive se realizou em menor espaço de tempo.
O pagar das obras, bem como do pessoal veio da SAE, que marcou a obra, tendo sido feito de propósito marcos e placas, alguns dos quais ainda são bem visíveis com o AM da Aeronáutica Militar.

PP

Memórias da Cohorte XXVI ... ( Esquadra Nº 11 -Montejunto)

"ADIVINHAR PERIGOS E EVITÁ-LOS"

Com a criação da FAP, é iniciado um Sistema de Defesa Aérea (SDA) para garantir a inviolabilidade do espaço aéreo nacional, contra possíveis incursões aéreas inimigas.
É assim que no final de 1952 avança para a Republica Federal da Alemanha o primeiro Grupo de Oficiais Técnicos, que viriam a formar o embrião do SDA.
Em simultâneo começa a selecção de Sargentos e praças, das diferentes especialidades, para MRadar, MRadio, Ortra e Exploradores de radar, mais tarde OPERADET.

É em Janeiro de 53 o dado o tiro de partida ao então Sistema de Alerta, mais tarde designado por Grupo de Detecção Alerta e Conduta de Intercepção Nº1 GDACI 1, do Continente.
(O GDACI 2 nos Açores, nunca foi concretizado apesar das suas infraestruturas terem sido concluídas.)

O GDACI ( Grupo de Alerta e Conduta Intercepção) era constituído, inicialmente, pelo Centro de Operações de Sector (COS), em Monsanto, e pelas Esquadras Nº11- Montejunto, Nº12 - Serra do Pilar (Paços de Ferreira), Nº13 -Torre ( Serra da Estrela) e Nº14 - Fóia (Monchique), que integravam, cada uma delas, uma Estação de Radar (ER).

Tomou como nome Esquadra de Detecção Alerta e Conduta da Intercepção Nº11.
O emblema acima representado, surge em 1975, após a extinção do GDACI, com a criação do COFA. (Desde a sua criação até essa data, o símbolo usado era o do GDACI.) Call sign " Batina"


Para quem nunca soube a organização da FAP, recordo que um GRUPO é constituído por ESQUADRAS, que compreendem ESQUADRILHAS...
Assim a ESQ.11 compreendia a seguinte organização:

Esquadrilhas:
Pessoal
Manutenção Mat Eletrotec
Operações
Abast
Admnist
Intendência
Manutenção
Policia Aérea

Secções
Técnica
Justiça
Gab SEg Mil
Sec Geral
Aquisições
PRDT/ Mecanografia e estaistica
Comunicações
Enfermaria

Começou-se por rasgar e alargar estradas de acesso, alcatroar as mesmas para recepção de material, obras de terraplanagem acima da cota 660, preparação da Quinta da Serra para o aquartelamento. Foram levantadas obras técnicas auxiliares, linhas de abastecimento de energia e telefónicas para a BA2. Fizeram-se diversos furos para pesquisa de agua, alguns com mais de 275 metros mas face ao insucesso, optou-se por fazer o abastecimento por ENE, do Vale da Varzea, com 3 estações elevatórias.

De salientar que todas as obras foram feitas somente com recurso a engenharia da FAP.

Assim que os acessos foram criados, começa a operação experimental, com o material e técnicos recém-chegados, ainda antes das construções em alvenaria.

Concluíram-se primeiro as instalações técnicas, depois o aquartelamento na quinta da Serra, que foi inaugurado por S.EX o SEA em 02 Maio de 1957.

Na parte do pessoal, dezenas de famílias acompanharam os Oficiais e os Sargentos de diversas especialidades, que serviam nesta unidade, fixando-se pelas aldeias e vilas em redor. De entre estas, Cadaval e principalmente o Bombarral foram as escolhidas para o assentar da " Familia Militar".

Posteriormente, em 1961, foi substituído o primeiro radar altimétrico fixo por outro mais moderno e de maior alcance, acontecendo o mesmo ao radar planimétrico em 1965.

Dez anos mais tarde, com a extinção do GDACI, a Esquadra transforma-se em Unidade, passando a depender directamente do Comando Operacional da Força Aérea (COFA) em Monsanto e o COS, transformou-se no Centro de Operações de Defesa Aérea.

A 20 de Março de 1996, foi desactivada a EDACI Nº11, passando a COAA.





Caravana Radio/Aquartelamento em construção
Caravana Operações/Vista poente convento
Radar AN/TPS1-D em viatura Austin/Começo das obras para retransmissor VHF RTP



Convento vista nascente/Porta de armas EDACI11
Esquadra auto/Bombas de combustivel




Inauguração do aquartelamento 02/04/1957

1º cab 60/55 hasteia pela 1ªa vez a BN/Desfile da Esq.
ASp OF Fragoso discursa.../ BN
SEA e Cmd assistem ao desfile.


Radar TPS- 10D/ Condutores Auto...
1ºJogo de Volvei contra BCPara-quedistas/ espectadores da equipa do GDACI

Provas para o postal Boas Festas

Instalações técnicas e AN-FPS8 antes das calotes...




Depois das calotes...


Ten TODCI Lopes Leal ( de Serviço) e Reis Santos



Parabéns FAP!