24.4.09

Perdão, Sr General, mas cada um fala por si...


"Nós temos o governo que merecemos, temos os partidos que merecemos, temos os sub-sistemas de saúde e educação que merecemos, porque somos responsáveis pela nossa sociedade".
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376354

Perdão Sr General, mas cada um fala por si.

Acho, com o devido respeito, que não tenho nada do que mereço.
Acho, com o devido respeito, que os Deficientes das Forças Armadas, e suas famílias não tem nada do que merecem...

Continua-se a espera, que aos Deficientes Militares em serviço, seja atribuído o abono suplementar de invalidez, como compensação pela degradação das suas pensões...
Continua-se a espera que o conceito de serviço de campanha consagrado no n.º 2, do art.º 1.º, do DL 43/76, de 20JAN, seja objecto de clarificação, no sentido de eliminar as injustiças na qualificação de Deficiente das Forças Armadas...
Continua-se a espera que seja equacionada toda a problemática relacionada com as viúvas dos deficientes militares, no sentido de melhorar a sua qualidade de vida, reconhecendo o papel indispensável que desempenharam ao longo da vida, substituindo-se, em muito, aos deveres do Estado perante aqueles que ficaram diminuidos no cumprimento do serviço militar obrigatório...

Continua-se a espera de mais celeridade nos processos de tramitação para a qualificação como deficiente militar (juntas médicas, marcação de consultas e exames, pareceres da CPIP e elaboração de processos nos serviços de Justiça), evitando-se, deste modo, que algumas qualificações surjam a título póstumo, como vem sucedendo, prefigurando, a todos os títulos, uma situação indigna.




21.4.09

Almansa, 25 Abril 2009


Con motivo del aniversario de la Batalla de Almansa, que tuvo lugar en 1707, la ciudad de Almansa realiza una recreación histórica durante los días 24, 25 y 26 de abril de 2009.

Portugal invadiu Espanha em 1706, numa tentativa de fazer aclamar Carlos II como Rei de Espanha. As forças portuguesas chegam a Madrid. Fomos derrotados na Batalha de Almansa.

A outra nação ibérica comemora de forma valente a sua liberdade...nós por cá se verá!


19.4.09

Memórias da Cohorte...X ( Mocambique, 1971)


A 26 de Abril de 1971, o navio "Angoche" ( CSHA) foi encontrado à deriva, inclinado a estibordo. Depois de localizado foi sobrevoado pela FAP e DETA e abordado pelas autoridades portuguesas, não se encontrando qualquer vestígio da sua tripulação, sendo depois rebocado para o porto de Lourenço Marques pelo navio alemão "Baltik II".
O seu manifesto de carga era material e armamento para a FAP.

Supõe-se que no dia 23 de Abril de 1971, o "Angoche" foi assaltado em alto mar, na costa de Moçambique, quando ia em viagem de Nacala para Porto Amélia.
Circularam rumores de que o assalto tenha sido feito por meios navais soviéticos, talvez por um submarino e de que foram encontradas manchas de sangue no navio, o que provaria que foi usada violência contra os tripulantes.
O jornal "Notícias" de Lourenço Marques foi impedido pela Comissão de Censura de divulgar qualquer informação, o mesmo acontecendo com os jornais de Lisboa.
O jornal "Star" de Joanesburgo, começou a referir-se ao assunto a partir da última semana desse mês de Abril de 1971. As informações eram poucas e as suposições eram muitas.
Não se reconhece a Frelimo meios navais para um assalto em alto-mar... e por motivos óbvios estratégicos e porque um acto de pirataria contra um navio mercante civil não honra particularmente quem o pratica, a URSS nunca falou no assunto...

15.4.09

Filhos dos cavaleiros da Dinamarca


Nada tem em comum com o romance da saudosa S.M.B.A.
São ecos dessa Escandinávia que só é chamada quando convém...

Denmark: Parents to Pay for Kids’ Vandalism
The government has had enough of young troublemakers and is ready to hold parents responsible for their children’s misbehaviour
A new proposal to make parents financially responsible for their children’s vandalism has majority support in parliament.
Lene Espersen, the justice minister, and Karen Jespersen, the social welfare minister, have put together a proposal that will not only toughen the punishment for young offenders but will require that parents pay for any physical damage caused by their children.
The proposal from the Liberal-Conservative government will likely pass in parliament, having the support of the coalition’s common ally, the Danish People’s Party.

Sempre ficava bem uma proposta destas por cá, em ano de eleições...ou em qualquer outro ano, como contra proposta a ideia peregrina das "escolas depósito" 08-20:00

14.4.09

anima mea parva est... IV

A falta de orientações dadas às patrulhas e a desmotivação generalizada dos militares da ex-Brigada de Trânsito (BT), traduzida na continuidade da greve às multas, marcaram a Operação Páscoa da GNR, que terminou ontem às 24h00 com o registo de mais acidentes do que em 2008.
"Ao contrário do que acontecia nesta época do ano, as patrulhas saíram para a rua como se fossem dias normais, sem informações específicas sobre os modos de procedimento e as zonas de maior intensidade de tráfego", afirmou ao CM um ex-BT. Segundo o mesmo, havia sempre uma "Ordem de Operações", com pormenores e objectivos da missão, que este ano não existiu.

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=B4A16BB4-D8A6-405F-91B3-ED9C3EC9104F&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010

Deve ser por isso que me deparei com uma reportagem televisiva num viaduto ( ponte) sobre a AE1, a 12 Abril de 2009 em que repórter e carro de exterior, ocupavam a berma e a faixa de rodagem, obrigando quem queria transitar a passar o traço continuo longitudinal para poder seguir. ( Tal que é proibido se a distancia entre ela e o veiculo for menos de 3 metros...)

Da Briosa nem rasto.




11.4.09

Viernes Santo ( Malaga, Cristo de Mena )



A propósito da celebração das festas da Sexta feira Santa, Malaga, veio-me a memória, pela presença da Legião Espanhola e dos seus rictos, que numa sociedade organizada existem rictos para tudo, que de certa forma traduzem para o quotidiano, na forma de cerimonias e regras, os mitos formadores da cultura dominante.
Entre os crentes, como entre os militares, há que se diferenciar entre a forma e o conteúdo do ricto, entre suas regras formalmente estabelecidas e seus significados intuídos. Da mesma forma que ninguém se passará facilmente por militar sem levantar a desconfiança dos verdadeiros, dificilmente um não-crente conseguiria se infiltrar em uma congregação sem que sua condição de ímpio seja logo percebida pelos fiéis de fato. Não que tenham alguma percepção mística dos recônditos mais íntimos da alma do hipotético impostor, mas porque não é possível dominar a rictualística crente sem um longo processo de iniciação.

Embora todos os crentes afirmem a pés juntos que todos os seus rictos tem base bíblica, o fato é que a Bíblia define a forma dos rictos, enquanto uma rede de influências sócio-culturais e ideológicas diversas definem seus conteúdos, muitos deles com significados subtis que nada tem a ver com qualquer preceito nas Escrituras – as tais regras não escritas. Estes rictos podem ser formalmente encontrados com os mesmos ou outros nomes em todas as facções cristãs, com algumas diferenças de interpretação, como o baptismo, que é um ricto de iniciação (e não de passagem) para os católicos romanos. Mas há um componente nos rictos cerimoniais crentes que lhes dá sua característica própria e exclusiva – o testemunho. O testemunho é típico dos crentes, um ricto de integração que se manifesta nos demais ritos cerimoniais e ajusta a consciência individual do membro consciência colectiva da congregação (e vice e versa).

O ponto de desencontro entre ateus e cépticos e os crentes é que a narrativa verbal ou o conteúdo literário do testemunho pouco ou nenhum valor têm em si. O testemunho só tem significado enquanto rito e dentro da congregação que o entende como tal, mesmo que não lhe dê este nome. Como ricto, não é a forma que importa, mas os conteúdos compartilhados, que podem ser emocionais, intuitivos, simbólicos ou espirituais (para quem prefere chama-los assim).

Nos testemunhos dos crentes, os conteúdos compartilhados produzem catarse, uma catarse coletiva que cria e reforça a unidade do grupo, mas também tem profundo alcance individual, pois em sendo a narrativa formatada segundo um padrão, produz grande empatia entre o autor do testemunho e quem o ouve, já que a padronização facilita que o ouvinte se coloque no lugar do narrador. Entre os crentes, os testemunhos reforçam a identidade coletiva definida por serem todos pecadores alcançados pela graça que aceitaram, estabelecendo uma hipotética igualdade fraterna, base para a coesão do grupo.

10.4.09

Memórias da Cohorte... IX ( AB3 Negaje 1962)

Estas foram tiradas no A.B.3 no dia 04 Jun 1962. O T.Cor K. de Arriaga ( S.E.A.) presidiu a cerimonia.
A Cohorte em grande plano, e com muita "panache"...

5.4.09

A estrada da vizinha...


Parece que é sempre melhor do que a minha...