21.12.08

Solstício, borda d´água


O solstício de inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão...
A cultura do Império Romano incorporou a comemoração dessa divindade através do " Sol Invictus".
Foi o imperador Aureliano quem introduziu um culto oficial do Sol Invicto em 270 DC, fazendo do "Deus Sol", a primeira divindade do império. O culto de Sol Invicto continuou a ser uma base do paganismo oficial até ao triunfo da cristandade.
Do culto ao Deus Sol, actualmente só permanece a data, 25 de Dezembro, que era o dia de adoração dos romanos a este deus saído das cavernas e cujo dia de celebração os Cristãos aproveitaram para consagrar como sendo o dia do nascimento de JC por ele ter sido declarado "a luz do mundo", sendo assim, (para contento do Imperador Constantino) declarado o tal dia...


Estilo "Borda d´água", para 2009, ano que se vislumbra negro, lembro que sob o ponto de vista politico não adianta só reduzir as despesas públicas, mas também as privadas, e de pouco importa retirar despesas ao estado para por-las ás costas dos particulares; a economia nacional paga-las-há da mesma forma...

Ajudará o estado os empresários e particulares da mesma forma que ajuda capitalistas e banqueiros ?

Irá continuar a má arrecadação das receitas e a desigual distribuição dos rendimentos públicos pelos serviços do estado... que levará ao recurso indefinido ao credito.

Se este faltar, continuará o saque sobre o futuro, hipotecando as gerações futuras.

Importa que os credores, que são os funcionários públicos, os operários e trabalhadores em geral ( Credores pela sua força produtiva e pelos seus salários) não continuem a ser explorados, sacrificados pela tributação do seu esforço em detrimento do favorecer pelo estado da agiotagem.

Dos enormes lucros, pouco ou nada foi capitalizado, para consolidar posições para esse futuro que se vislumbra negro, seremos pois todos chamados a pagar os erros de poucos.



17.12.08

21 Dezembro 1975

O venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, ou comandante Carlos, intitulava-se a si próprio como "um revolucionário marxista", e dizia só haver uma luta: a dos oprimidos contra os imperialistas. Passou a fazer carreira, sendo mercenário a serviço de diversas organizações. Detentor de sagaz experiência militar adquirida em treino na Jordânia, após entrar para a Frente Popular de Libertação da Palestina, exímio conhecedor de diversas línguas, e coleccionador de múltiplas identidades, Ilich actuou por duas décadas protagonizando, além dos atentados, fugas espectaculares à perseguição dos serviços secretos do Ocidente.
Ganhou o apelido de Chacal após um tiroteio, em 1975 na Rua Toullier, em Paris, em que matou dois policias e um delator libanês. No apartamento de Ilich a polícia francesa diz ter encontrado um exemplar do romance de Frederick Forsyth intitulado "O Dia do Chacal" (relato da vida de um terrorista).
Um dos operacionais mais procurados e temidos da História, Ilich foi acusado de arquitectar inúmeros atentados, entre eles o do aeroporto de Lod, em Israel, no mês de maio de 1972, o sequestro dos ministros da OPEP, em Viena, em 21 de Dezembro de 1975, tendo os executantes do golpe matado três pessoas (Gabriele Kröcher-Tiedemanne, conhecida como " Gabi-a-louca" foi acusada de ser executante por iniciativa própria) e feito 63 reféns, incluindo 11 ministros da OPEP. O seu grupo, exigiu que fosse transmitida via rádio uma declaração política anti-israelita e que fossem postos à disposição dos terroristas e dos seus reféns um autocarro e um avião, para a fuga, tendo evacuado os seus feridos em combate. As autoridades austríacas acataram o seu pedido e todos os reféns foram libertados ilesos, na Argélia. A OPEP não voltou a ter outra cimeira senão em 2000.
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.wien-vienna.at/images/opec1.jpg&imgrefurl=http://www.wien-vienna.com/opec.php&usg=__euUIEQal5-nWiPK-zwBfIp6UR70=&h=200&w=168&sz=16&hl=pt-PT&start=22&tbnid=3K-Ea_r0wH1jTM:&tbnh=104&tbnw=87&prev=/images%3Fq%3DGabriele%2BKr%25C3%25B6cher-Tiedemann%26start%3D20%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN
Está preso desde 1994, contra todos os convénios internacionais, pelo governo francês, que o manteve por mais de 10 anos em regime de isolamento total após condenação à prisão perpétua na França.
Foram-lhe atribuídas uma série de acções das quais nega a participação, como o sequestro de um avião da AirFrance.
Curiosamente, não há desejo por parte do governo de Hugo Chavez na libertação deste verdadeiro revolucionário e combatente internacionalista...
Será por o ministro Rafael Ramírez que propos o corte da produção em menos 1 milhão de barrils por día, para manutenção dos preços, ser irmão de Ilich?

http://meneame.net/story/1976-ilich-ramirez-carlos-chacal-asaltaba-opep-hoy-hermano-uno-ministr

12.12.08

Probidade


Probidade

O Exército, as FA´S, e as forças de segurança, são uma escola, em que se incutem e de­senvolvem, no espirito dos militares que nelas servem o pais, as diversas qualidades morais em que devem inspirar-se todos os seus actos, quer na vida militar quer na vida civil.
Muitas são essas qualidades morais, mas, pretendendo-se apenas tratar das principais, daquelas que é preciso pôr constante e rigorosamente em acção, porque podem ser con­sideradas como as qualidades ou virtudes fundamentais da honra militar, sobressai, em primeiro lugar, a
PROBIDADE.
A probidade consiste essencialmente no respeito absoluto das regras da justiça e da moral.
Ser probo - ou ser honesto, os termos podem consi­derar-se sinónimos - é o primeiro dever de todo o cidadão; é, por isso mesmo e com mais razão, o dever de todo o militar.
Devem ser duma probidade escrupulosa, para poder merecer a confiança que nele depositam,
pois ser militar, não é o mesmo que se ser politico...
Quantas vezes os habitantes abrem as suas portas e franqueiam as suas casas a soldados, acolhendo-os debaixo dos seus tectos com uma confiança que apenas lhes é inspi­rada pela farda militar. E como seria odioso que o soldado se não mostrasse absolutamente digno dessa confiança espon­tânea, e dessa farda que veste!
Tornar-se merecedor dessa confiança, procedendo sem­pre com toda a correcção e respeito, com toda a lealdade e franqueza, cumprindo escrupulosamente o dever e a palavra dada, como é próprio de um homem de carácter, é o que é ser probo, é o que é ser honesto. É como deve proceder, em todas as circunstâncias, todo o cidadão, e muito especial­mente todo o bom soldado.

O respeito pela propriedade alheia deve ser absoluto, para com todos e em todas as circunstâncias.
Contraír dívidas que se não possam pagar, é outra con­denável falta de probidade.
Falsificar documentos, invocar uma falsa qualidade ou adoptar qualquer outro artifício, para obter dinheiro, cargo ou qualquer objecto a que não se tenha direito, são outras tantas manifestações de improbidade, classificadas juridicamente como crime de burla.
E tanto ou mais odioso é ainda o abuso de confiança.

Além do roubo e de outros actos de natureza semelhante, outro exemplo de improbidade
a ser apontado, é a mentira.
A mentira é um vício odioso que degrada o homem. Um homem nunca deve mentir...
Aquele que, por exemplo, para encobrir uma falta, algo que prometeu e não cumpriu, procurar escapar ao castigo que merece, nega essa falta ou inventa uma mentira para a desculpar, não procede com probidade, e denota mesmo cobardia porque mostra medo do castigo.
Aquele que comete uma falta, logo que esta venha a descobrir-se, deve ter a franqueza e a honestidade de a con­fessar, sujeitando-se, afoita e nobremente, às consequências. De mais, todo o homem que tem o mau hábito de mentir torna-se fisicamente antipático: não olha direito, não levanta a cabeça com a mesma altivez do homem franco e honrado, não apresenta o ar decidido do homem de carácter e moral­, e sofrerá para sempre a afronta de ver toda a gente du­vidar das suas palavras.
A palavra do militar, deve, ao contrário da dos políticos, poder ser sempre acreditada e convictamente res­peitada.

11.12.08

Aumentos...desmentidos!

Eu baterei o inimigo enquanto for amado pelos meus soldados...
Louis Charles Antoine Desaix de Veygoux.


O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea lançou ontem uma pedrada no charco, ao assumir, numa tabela enviada aos seus subordinados, que os valores dos aumentos anunciados pelo Governo para o subsídio da condição militar são sensivelmente mais baixos do que os aumentos reais.

Um primeiro sargento receberá menos 54,8%. ( do que o anunciado!)

A Força Aérea confirmou ontem oficialmente que os militares vão receber significativamente menos, com o aumento de 5,5% do subsídio da condição militar (SCM) em 2010, do que o prometido pelo ministro da Defesa.
A partir da tabela publicada pela Força Aérea, segundo contas feitas pelo DN, um coronel vai ganhar menos 38% do que o anunciado pelo ministro, um sargento-mor menos 39,1%, um primeiro-sargento menos 54,8% e um soldado menos 39%. O ministro disse, numa conferência de imprensa realizada na passada quinta-feira e onde esteve acompanhado pelos quatro chefes militares, que a valorização do SCM iria dar "mais 250 euros" para os coronéis, "163 euros" para os sargentos-mores, "155 euros" para os primeiros-sargentos e "47 euros" para os soldados.Politicamente, a decisão do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Luís Araújo, em mandar publicar a referida tabela acaba por ser a primeira tomada de posição de um chefe militar sobre o assunto, ao oficializar as discrepâncias de valores entre o anunciado pelo ministro e os números objectivos do aumento do SCM.

http://dn.sapo.pt/2008/12/11/nacional/chefe_forca_aerea_confirma_erro_mini.html

Entretanto, passada uma semana após o anúncio público do aumento do SCM, continua por se conhecer uma explicação do ministro da Defesa sobre o assunto. É que, mesmo somando aumento da função pública para 2009 (2,9%) e estimando um valor semelhante para 2010, é impossível chegar aos números divulgados por Severiano Teixeira.

Já agora, uma vez que em todos os postos o valor precebido do escalão 1º escalão é superior ao valor precebido no ultimo escalão do posto anterior, porque é que esta regra não se aplica aos 1ºs sargentos e aos sargentos ajudantes?
( 1º Sargento no 5º escalão equivale ao indice 235, o mesmo de Sargento Ajudante do 1º escalão, situação que se verifica, a sobreposição só nestes postos.)
Recordo os mais desatentos, que é no posto de 1º sargento que se verificam as maiores estagnações na carreira, sendo que alguns militares ultrapassaram já os 16 anos de posto, sem prespetiva de promoção.

9.12.08

Dioxinas, má fé, ignorancia e peças avulsas...


As dioxina são organoclorados altamente tóxicos, cancerinogênicos e teratogénicos. São um dos
poluentes orgânicos persistentes sujeitos à Convecção de Estocolmo. ( A tal que Portugal assinou, mas não cumpre...)
As dioxinas são subprodutos não intencionais de muitos processos industriais nos quais o Cloro e produtos químicos dele derivados são produzidos, utilizados e eliminados. As emissões industriais de dioxina para o meio-ambiente podem ser transportadas a longas distâncias por correntes atmosféricas e, de forma menos importante, pelas correntes dos rios e dos mares. Consequentemente, as dioxinas estão agora presentes no globo de forma difusa. Estima-se que, mesmo que a produção cesse hoje completamente, os níveis ambientais levarão anos para diminuir. Isto ocorre porque as dioxinas são persistentes, levam de anos a séculos para degradarem-se e podem ser continuamente recicladas no meio-ambiente.


RECORDA-SE QUE DESDE 14 JANEIRO DE 1997, A AGÊNCIA INTERNACIONAL PARA A INVESTIGAÇÃO DO CANCRO CLASSIFICOU AS DIOXINAS COMO UM AGENTE CANCERÍGENO DE TIPO 1, OU SEJA UM AGENTE CANCERÍGENO CONHECIDO PARA SERES HUMANOS, E DESDE 2003 QUE SE DECLARA PELA CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO DE QUE NÃO HÁ UMA DOSE SEGURA DE EXPOSIÇÃO A ESTE TIPO DE COMPOSTOS.

A exposição humana às dioxinas provém quase que exclusivamente da ingestão alimentar, especialmente de carne, peixes e lacticínios. Exposições extremamente altas de seres humanos às dioxinas que acontecem, por exemplo, após exposição acidental ou ocupacional, que juntamente com experimentação em animais de laboratório, mostraram efeitos de toxicidade no desenvolvimento e reprodução, efeitos sobre o Sistema Imunológico e carcinogenicidade.
As doenças provocadas pela contaminação são várias, entre elas:
O "cloroacne", que dispensa definições; o cancro no fígado; o cancro no palato; o cancro no nariz; o cancro na língua; o cancro no aparelho respiratório; o cancro na tiróide; a queda de imunidade; malformações e óbitos fetais; abortamentos; distúrbios hormonais; concentrações aumentadas de colesterol e triglicéridos; hiperpigmentação da pele; dor de cabeça e nos músculos; desordem no aparelho digestivo; inapetência, fraqueza e perda de peso; neuropatias; perda da libido e desordens dos sentidos...
Vem depois a publico governantes, com responsabilidades, tentar tapar o Sol com a peneira, minimizando os riscos... a respeito da importação de carne de porco com níveis de dioxinas até 200% maiores do que os permitidos pela CE...
Ontem, em declarações aos jornalistas na Figueira da Foz, o ministro da Agricultura, J. S., salientou o "risco mínimo" que a carne em causa representa, sublinhando que a quantidade é "insignificante" face ao consumo global no país - 440 mil toneladas por ano, aproximadamente.
"Trinta toneladas em 440 mil toneladas de consumo que temos em Portugal é 0,006%. Ou seja, o risco é mínimo. O risco de que essas trinta toneladas tenham provavelmente já desaparecido no mercado, esse é real".

O minimizar desta forma os riscos reais, pode ser má fé ou ignorância. Tentar não "aborrecer" os cidadãos com noticias alarmantes...é o mesmo que dizer as crianças que podem correr á vontade pela rua com tesouras abertas na mão... ou andar de bicicleta a noite sem colete reflector e luzes... conduzir sem cinto ou sem capacete...

Está-se bem... o mal nunca acontece, os riscos são reduzidos...

Se se vier a provar que alguma destas patologias (e a dificuldade reside nisso mesmo) é efeito do consumo de carne importada, a quem sacar responsabilidades? Quais os apoios as familias e aos doentes?



4.12.08

Deficiente das FA´s em luta...

Forças Armadas: ex-militar em greve de fome

João Gonçalves preside à delegação de Viseu da Associação de Deficientes das Forças Armadas e não come há quatro dias

Forças Armadas (arquivo)

O presidente da delegação de Viseu da Associação de Deficientes das Forças Armadas, em greve de fome há quatro dias, já perdeu mais de cinco quilos, mas garante que vai "até ao fim" pela reposição dos direitos dos ex-combatentes.Nos últimos quatro dias, o presidente da delegação de Viseu da Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA), João Gonçalves, tem ingerido apenas água.
No entanto, alega que é "muito forte" e que já em 1971 esteve 30 dias sem comer, depois de ferido na guerra, em Moçambique.Por isso, esta greve de fome é para ser levada até ao fim: o que estou a pedir não é nenhuma regalia, mas um direito!, salientou.
João Gonçalves, presidente da delegação de Viseu ADFA, decidiu fazer greve de fome em protesto contra os cortes nos direitos à saúde e na actualização de pensões, previstos no Orçamento de Estado para 2009. O ex-combatente lamenta que os associados tenham que se deslocar ao Hospital Militar de Lisboa ou Porto para terem assistência médica gratuita. Coimbra já só tem regime de consultas e até isso vai fechar, queixou-se, frisando que o centro do país também é Portugal. A associação a que preside representa mais de 800 associados e é com muito desgosto que a maior parte das vezes não sabe como lhes dar apoio. A triste realidade é que enquanto precisam de nós, temos tudo. Quando já não precisam, somos lixo, sublinhou.A ADFA viu sexta-feira frustradas as suas expectativas na votação de duas propostas de alteração ao OE de 2009, que defendiam a reposição da assistência médica por completo e a actualização das pensões.

3.12.08

Pais, avós e encarregados de eduçação em luta...

Em dia de mais uma jornada de luta dos professores, pelo direito a uma avaliação com pés e cabeça, e não me revendo nas atitudes subservientes de " Pais profissionais", cujas associações vivem dos subsídios que vem do ME, venho apelar a luta dos pais pelos seus filhos.
Qual é o pai que tendo posses, não dá o melhor aos seus filhos?

Quero para os meus filhos só professores de classificação EXCELENTE!
Não aceito mais professores BOM ou MUITO BOM!
Pago os impostos todos a este governo de trampa. Pago pelos que nada fazem. Pago e vou exigir o melhor para os meus filhos.


Para os mais desatentos, deixo aqui algumas dicas:

CRP
Artigo 13.º(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica , condição social ou orientação sexual.
Artigo 67.º(Família)
1. A família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à protecção da sociedade e do Estado e à efectivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus membros.
2. Incumbe, designadamente, ao Estado para protecção da família:
a) Promover a independência social e económica dos agregados familiares;
b) Promover a criação e garantir o acesso a uma rede nacional de creches e de outros equipamentos sociais de apoio à família, bem como uma política de terceira idade;
c) Cooperar com os pais na educação dos filhos.

CAPÍTULO III Direitos e deveres culturaisArtigo
73.º(Educação, cultura e ciência)
1. Todos têm direito à educação e à cultura.
2. O Estado promove a democratização da educação e as demais condições para que a educação, realizada através da escola e de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva.
3. O Estado promove a democratização da cultura, incentivando e assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural, em colaboração com os órgãos de comunicação social, as associações e fundações de fins culturais, as colectividades de cultura e recreio, as associações de defesa do património cultural, as organizações de moradores e outros agentes culturais.

Artigo 74.º(Ensino)
1. Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
a) Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito;
b) Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-escolar;
c) Garantir a educação permanente e eliminar o analfabetismo;
d) Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação artística;
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais;
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadãos portadores de deficiência ao ensino e apoiar o ensino especial, quando necessário;
h) Proteger e valorizar a língua gestual portuguesa, enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e da igualdade de oportunidades;
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da língua portuguesa e o acesso à cultura portuguesa;
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivação do direito ao ensino.

Se os nossos governantes fossem bem intencionados e rectos no governo da coisa pública, as leis seriam para ser cumpridas.
Se pago, vou exigir na escola dos meus filhos, professores de marca EXCELENTE.
Se todos os pais se unirem a clamar pelos seu direitos, pela justiça social , em vez de estenderem a mão a caridade, algo terá que mudar neste pais.

Se à primeira não conseguires... Puxa o autoclismo outra vez...

1.12.08

Hermanos desavindos... ou como é visto do outro lado...

Felipe de España terminó siendo reconocido como rey de Portugal en las Cortes de Tomar de 1581.
Mientras tanto, la idea de perder la independencia dio lugar a una revolución liderada por el Prior de Crato que llegó a proclamarse rey en 1580 y gobernó hasta 1583 en la isla Terceira de las Azores.
El Prior de Crato terminaría derrotado debido principalmente al apoyo a Felipe de la burguesía y de la nobleza tradicional. ( Ou seja uma vez mais a burguesia deu o nó a justiça e ao povo...)
Para conseguir tales apoyos, Felipe se comprometió a mantener y respetar los fueros, costumbres y privilegios de los portugueses. Lo mismo sucedería con los que ocuparan los cargos de la administración central y local, así como con los efectivos de las guarniciones y de las flotas de Guinea y de la India. En las cortes estuvieron presentes todos los procuradores de las villas y ciudades portuguesas, a excepción de las de los de las Azores, fieles al rival pretendiente al trono derrotado por Felipe II, el Prior de Crato. Este fue el principio de la unión personal que, sin grandes alteraciones, dominaría hasta cerca de 1620 (...).
Los reinados de Felipe I y Felipe II de Portugal fueron relativamente pacíficos principalmente porque hubo poca interferencia española en los asuntos de Portugal, que seguía bajo la administración de gobiernos portugueses. A partir de 1630, ya en el reinado de Felipe III de Portugal, la situación tendió a una mayor intervención española y a un descontento creciente. Las numerosas guerras en las que España se vio envuelta, por ejemplo contra las Provincias Unidas (Guerra de los Ochenta Años) y contra Inglaterra, habían costado vidas portuguesas y oportunidades comerciales.
Dos revueltas portuguesas habidas en 1634 y 1637 no llegaron a tener proporciones peligrosas, pero en 1640 el poder militar español se vio reducido debido a la guerra con Francia y la sublevación de Cataluña. La gota que colmó el vaso fue la intención del Conde-Duque de Olivares en 1640 de usar tropas portuguesas contra los catalanes que se habían declarado súbditos del rey de Francia.
El Cardenal Richelieu, mediante sus agentes en Lisboa, halló un líder en Juan II, Duque de Braganza, nieto de Catalina de Portugal. Aprovechándose de la falta de popularidad de la gobernadora Margarita de Saboya, Duquesa de Mantua, y de su secretario de estado Miguel de Vasconcelos, los líderes separatistas portugueses dirigieron una conspiración el 1 de diciembre de 1640. Vasconcelos, que sería defenestrado, fue prácticamente la única víctima. El 15 de diciembre de 1640 el Duque de Braganza fue aclamado rey como Juan IV, pero prudentemente se negó a ser coronado, consagrando la corona portuguesa a la Virgen María.

Cuba celebra por primera vez la beatificación de un compatriota
Fue beatificado ayer (29/11/2008) en Camagüey, adonde llegó a los 15 años (en 1835) y vivió hasta su muerte, en 1889, dedicado a los pobres y enfermos. Afrontó las epidemias de la época y es conocido por recoger el cadáver del general indenpendentista Agramonte, arrojado a la via pública por los españoles.

El "padre Olallo", como es conocido popularmente el nuevo beato, a pesar de no ser sacerdote dedicó su vida (1820-1889) a atender a los leprosos, esclavos y pobres de Puerto Príncipe (hoy Camagüey).


19.11.08

Um dia destes...

Há muito tempo que já não via um dia assim, nesta altura!

16.11.08

É só "bantagens"

Seguros automóveis accionados apenas quando o veículo circula e parquímetros sem necessidade de ticket, são potencialidades dos chips das matrículas, uma nova identificação automóvel que o secretário de Estado das Obras Públicas admite arrancar já no próximo ano, noticia a agência Lusa.
Outra das possibilidades, para desenvolver por privados e de adesão voluntária, é a cobrança automática do abastecimento numa estação de serviço ou o controlo de acesso a zonas históricas das cidades e a terminais rodoviários.
O dispositivo electrónico pode servir ainda para abrir automaticamente o portão de uma garagem ou a entrada de um condomínio privado, sem recurso a chave, a comando ou a vigilante
...Por definir está ainda o custo do chip, que apesar de obrigatório vai ser suportado pelos automobilistas...




Bonito,bonito, era a "porra" dos chips limitar o acesso aos lugares de deficientes, que são por via da sua disponibilidade, cobiçados por tias "com pressa, que vão ali só um instante ao multibanco levantar 20 euros"... transitários e correios a descarregar sabe-se lá o quê, e outros que se julgam mais espertos e acima da lei.



15.11.08

Insatisfações IV

O secretário de Estado da Educação, V. L. considerou que as manifestações são uma "'clara instrumentalização dos alunos" e afirmou que as dúvidas em relação ao estatuto do aluno têm vindo a ser esclarecidas pelo Ministério, referindo-se a manifestações de alunos de escolas básicas e secundárias em vários pontos do país contra o novo regime de faltas e o diploma da gestão escolar.

Curioso este não assumir de erros e tentar por as costas de outros uma "instrumentalização". Por parte de quem? Há que ser conciso e e directo, não andar a atirar com o barro à parede a ver se cola...

Ao ler o artigo 22 da lei , que pode ser vista aqui, chego a conclusão sobre a justa insatisfação dos alunos a qual se deviam juntar também a dos pais e E.D.
http://min-edu.pt/np3content/?newsId=1570&fileName=lei_3_2008.pdf

Se um aluno tiver um acidente e partir uma perna ou for hospitalizado, independentemente da justificação da falta por atestado médico, excedendo o triplo dos tempos lectivos semanais terá de ser submetido a uma prova de aferição...etc, etc
No caso do referido aluno com a perna partida, tendo dispensa de exercícios físicos, por convalescença, durante 3 ou 4 meses, na disciplina de educação física vai ser submetido a um teste de...qualquer coisita, só para encher chouriços!
Tenham vergonha!

Podem ver que são os melhores quem mais se queixa, com foi dito pela professora Maria do Rosário Gama, presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Infanta D. Maria, que considerou que os docentes estão a ser "alvo de um ataque desenfreado a vários níveis" e criticou as tentativas de reforma do Ministério. "As tentativas de reforma baralham todos os agentes nas escolas, pois são mal preparadas e implementadas e sobrepostas", criticou a docente, acrescentando que a situação "conduz a fracassos que se traduzem em mais iliteracia e maiores índices de abandono".


Hoje vai haver mais protestos...

Se à primeira não conseguires... Puxa o autoclismo outra vez...

10.11.08

Insatisfações III

Insatisfeitos alunos e pais...
Pouco depois de alguns média virarem vender a justeza da lei que proíbe os castigos corporais, considerando como crime as " palmadas que os pais dão..." vem a Policia dar bordoada e cacetada nos alunos contestatários ao Regime de Faltas que fecharam os portões da Escola Secundária C+S de Alfragide... Estranha Republica esta, que nada faz a gente que desrespeita de forma continuada a lei, a gente que todos os anos martiriza animais, nas ilicitas touradas de morte em Monsaraz, mas não tem outros argumentos para fazer desmobilizar algumas dezenas de putos.

9.11.08

Insatisfações II

Tendo sidos vaiados por mais de 120 000 docentes, há que realçar algumas das causas deste justo protesto, sendo que o Governo e o Estado são habituais incumpridores das leis que aprovam, e tentam agora, aparecer como vitimas, sendo os sindicatos os maus da fita...
Para se poder ajuizar, aqui está o link para o tal memorando... que pode dar resposta a algumas questões e afirmações que circulam na rua.

"Os professores serão avaliados pelos resultados em função do contexto escolar em que estão".
Toda a gente sabe que os Exames Nacionais são iguais em todo o país.. ou não? Se não, para quê os rankings? Para destruir a escola publica? E as escolas que são provisórias há 30 anos?

"Um professor que tenha alunos que mereçam 8 será mais beneficiado na sua avaliação do que um que tenha discentes a quem possa dar 18, se inicialmente estes já tivessem 18".
Se o professor é avaliado pelo sucesso dos seus alunos, significa que 8 será sucesso? Façam favor de dizer isso a quem vai avaliar o professor que tenha alunos que mereçam 8...

"Os resultados dos alunos só contam 6,5 % na avaliação dos professores"...
Os resultados dos alunos na avaliação interna contam 6,5 %, os resultados dos alunos na avaliação externa contabilizam mais 6,5 % e o abandono escolar ainda outros 6,5 %, o que soma 19, 5 % de factores que dependem da sorte do professor na atribuição das turmas... ou das cunhas.. ou da antiguidade...ou da titularidade...

"A avaliação dos professores é menos rigorosa do que a dos outros funcionários públicos".
Essa é mais uma tentativa de virar a opinião pública contra os professores. Em mais nenhuma profissão, as pessoas são avaliadas pelo desempenho dos outros. É verdade: os professores vão ser avaliados pelo desempenho dos alunos, não importando se os alunos têm capacidade, vão à escola ou se emigraram. Se um aluno acompanhar os pais para outro país, será obrigação dos professores ir buscá-lo e ficar com ele em sua casa até que termine o ano lectivo? Imaginemos que os médicos eram avaliados pelas mortes que evitavam, também estariam tão desgraçados como os professores estão agora, pois todos acabaremos por morrer um dia. É um milagre o que se pede aos professores e pode haver quem os consiga fazer, mas a maior parte dos professores ainda não tem esse poder.

"A avaliação foi negociada".
As subjectivas e burocráticas grelhas que foram aprovadas pelo governo são idênticas às que foram contestadas.

"Os professores que têm Bom podem sempre progredir".
Esta é a maior e a mais propalada das mentiras. Quando as vagas de professores titulares estiverem preenchidas, ninguém poderá progredir nem que tenha "Excelente", a não ser que mate quem esteja a ocupar a vaga, mas se não tiver um bom advogado corre o risco de ir parar à cadeia e a vaga deixada pela vítima será ocupada por um terceiro.

"Os professores titulares podem delegar a avaliação noutros que sejam mais competentes".
Só seria assim se a competência fosse sinónima de antiguidade, como aconteceu no 1º concurso de professor titular...

"A avaliação dos professores é feita pelos seus pares".
Se assim fosse, qualquer professor poderia ser eleito coordenador e avaliador, mas isso não acontece, porque só os professores titulares é que podem avaliar e faltar às suas aulas para avaliar os outros . Os alunos do professor titular têm aula de substituição, enquanto este assiste à aula de um subalterno. Os professores não podem faltar para a fazerem formação, acompanharem alunos em visitas de estudo ou assistirem a um funeral de um familiar próximo, sob pena de derem prejudicados na sua avaliação, mas os titulares podem faltar e abandonar os seus alunos para assistirem a aulas!!!... Está mais do que provado que o ME não se preocupa com a aprendizagem dos alunos, mas sim com as estatísticas.

"Não vai haver professores de umas disciplinas a avaliar professores de outras"...
Pois não...pode-se apontar centenas de casos de professores de EMRC, espécie única em cada escola, que serão avaliados por...quem calhar, pois não há mais nenhum.... logo, irão ser avaliados por colegas que não pertencem à sua área, não possuindo por isso qualquer competência científica para o fazer, contrariando as recomendações do Conselho Científico de Avaliação Docente.

Pouca gente tem coragem de dizer, mas vive-se um clima de intimidação em algumas escolas, há alguns titulares que se deliciam com o poder e estão a tornar os avaliados quase escravos pessoais.
Todo este processo terá repercussões decisivas no futuro da carreira dos professores, não só em termos de progressão na carreira, das relações pessoais e sociais, mas também em termos de futuras colocações decorrentes do concurso de professores.

5.11.08

Insatisfações

Tem vindo a público diversos artigos de jornalistas com barbaridades sobre os militares e o infortúnio de quem serviu o pais.
Importa esclarecer que o regime das fileiras não é, e não foi, propriamente o mesmo de uma redacção, em que quando o redactor se chateia com o chefe...vai embora!
Esta campanha de manipulação da opinião pública assenta na falsa designação de “privilégios” para aquilo que são direitos adquiridos, conquistados ao longo de gerações que lutaram e se sacrificaram para os alcançar. Esta designação é particularmente sensível relativamente a algumas profissões, como, p.ex., a dos militares.

Assim, é lógico a implementação de um sistema mínimo de condições para que os militares possam assegurar a operacionalidade e cumprir, bem como os antigos militares, debilitados ou diminuídos ( leia-se deficientes) pela dureza da carreira, não tenham de nos seus últimos momentos de vida, estender a mão a caridade.

Qual seria o estatuto social dos militares portugueses se, à semelhança do que se passa, com os administradores das Empresas Públicas (Banco de Portugal Incluído) e privadas, usufruíssem dos meios médico-sociais e assistenciais dos militares dos restantes países nossos aliados e parceiros na União Europeia?

Como se gastaram os milhões de Euros do Fundo de Pensões e os milhões de Euros que o Estado já deve aos reformados militares pelo não pagamento do complemento das campanhas do Ultramar?

2.11.08

03-11-1957


A 3 de Novembro de 1957, às 22:28, a URSS lança para o espaço o Sputnik II, para comemorar o 40º aniversário da Revolução.
A missão foi lançada pelo míssil R 2A, com um pequeno invólucro cilíndrico com capacidade para um único cão, incluindo também os sistemas de suporte, tendo a bordo a cadela Laika.
Laika era uma cadela que vivia solta nas ruas, pesava seis quilos e tinha três anos de idade. Originalmente a chamaram Kudryavka (risadinha), para finalmente chamá-la Laika, devido a sua raça
Sabia-se que este canino não poderia voltar à terra, pois o satélite não possuía mecanismos de retorno.
Após 5 a 7 horas de vôo, a Laika faleceu com calor, sofrendo atrozmente com desidratação e convulsões.
Milhares de cadelas em todo o mundo foram baptizadas com o seu nome, em homenagem a este simpático animal, sacrificado em prol da ciência.

1.11.08

Honrar os mortos, respeitar os vivos


Os públicos sinais de insatisfação nas Forças Armadas, são resultado do incumprimento de legislação, da desregulamentação da estrutura e das carreiras militares, da inadequação e incumprimento das leis de programação militar e de infra-estruturas militares; da crescente “funcionalização pública” e precarização da profissão militar, pondo em causa o cumprimento do Estatuto da Condição Militar e pela sucessiva falta de cumprimento dos incentivos à prestação de serviço militar na situação de contrato e voluntariado.

Existem queixas que se relacionam com o sistema retributivo, com o cumprimento de legislação relativa ao pagamento do complemento de pensão da reforma, com a gravidade dos problemas que assolam a Assistência da Doença aos Militares, com a dívida de mais de mil milhões de euros aos que prestaram serviço, a degradação social a que os militares e familiares estão a ser sujeitos.

Deve escutar-se os ecos do mal estar e ver a urgência em dar corpo a um processo de reestruturação e modernização da instituição militar, assente numa estratégia nacional e revitalizar o Estatuto da Condição Militar, pondo fim à degradação e à violação de direitos e valores que são património dos militares.

26.10.08

31 Outubro 1517 ...razões da minha heresia.


Doutor em Teologia, Martin Luther foi nomeado vigário de sua ordem tendo autoridade sobre onze mosteiros,
Influenciado por sua formação humanista foi buscar "ad fontes" , estudos sobre a Igreja primitiva. Convencido de que a Igreja havia distorcido sua visão acerca de várias das verdades do Cristianismo ensinadas nas escrituras - sendo a mais importante a doutrina da chamada "Justificação" apenas pela fé; começou a ensinar que a Salvação era um benefício concedido apenas por Deus, dado pela Graça divina através de Jesus Cristo e recebido apenas por meio da fé.
Mais tarde, Luther definiu e reintroduziu o princípio da distinção própria, essencial para o estudo das Escrituras. Notou, ainda, que a falta de clareza na distinção da Lei e dos Evangelhos, era a causa da incorrecta compreensão dos Evangelhos de Jesus pela Igreja de seu tempo, instituição a quem responsabilizava pela criação e fomento de muitos erros acerca de princípios teológicos fundamentais.

Luther viu no tráfico de indulgências um abuso que poderia confundir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, deixando de lado a confissão e o arrependimento verdadeiros.
Proferiu, então, três sermões contra as indulgências em 1516 /17.
A 31 de Outubro de 1517 pregou 95 teses na porta da Capela de Wittenberg, com sendo um convite aberto ao debate . Essas teses condenavam a avareza e da Igreja como um abuso, e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgências significavam. Para todos os efeitos, contudo, nelas Martin Luther não questionava directamente a autoridade do Papa para conceder as tais indulgências.
As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas.

Depois de fazer pouco caso de Martin Luther, dizendo que ele seria um "alemão bêbado que escrevera as teses", e afirmando que "quando estiver sóbrio mudará de opinião, o Papa Leão X ordenou, aos Dominicanos que investigassem o assunto. Estes denunciaram que Martin Luther se opunha de maneira implícita à autoridade do Papa, quando discordava de uma de suas Bulas.

Luther tomou parte da convenção dos agostinianos em Heideiberg onde apresentou uma tese sobre a escravidão do homem ao pecado e a graça divina. No decorrer da controvérsia sobre as indulgências, o debate se elevou até ao ponto de duvidar do poder absoluto e autoridade do Papa, nomeadamente nas doutrinas de "Tesouraria da Igreja" e "Tesouraria dos Merecimentos".

Por causa de sua oposição a esta doutrina, Martin Luther foi qualificado como herege passando a negar agora abertamente a autoridade papal e apelar para que fosse realizado um concilio. Também declararou que o papado não formava parte da essência imutável da Igreja original.


Transcrevo aqui o texto que foi pregado na porta sob a forma das 95 teses, que se mantem hoje de forma admirável, na totalidade, actuais...


1 Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2 Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3 No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4 Por consequência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6 O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
7 Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8 Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9 Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10 Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11 Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12 Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13 Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14 Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
15 Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semi-desespero e a segurança.
17 Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.
18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
20 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23 Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25 O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26 O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27 Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28 Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29 E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.
30 Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31 Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autênticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32 Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33 Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.
34 Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35 Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
36 Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37 Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38 Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
39 Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
40 A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
41 Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42 Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43 Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44 Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45 Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46 Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47 Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48 Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.
49 Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50 Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51 Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52 Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53 São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54 Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55 A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56 Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57 É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58 Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59 S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60 É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.
61 Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.
62 O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63 Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.
64 Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.
65 Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66 Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67 As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
68 Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.
69 Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70 Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.
71 Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72 Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73 Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74 muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.
75 A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76 Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.
77 A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78 Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.
79 É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.
80 Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.
81 Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.
82 Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?
83 Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84 Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
85 Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86 Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87 Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?
88 Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89 Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90 Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91 Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92 Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!
93 Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
94 Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;
95 e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

25.10.08

Surpresas

Depois de uma longa vida, já nada me devia surpreender.

DN Online: Lucros da banca privada aumentam 16,5% em 2004
O imposto sobre lucros destes bancos foi de 227,3 milhões de euros, 2004 ...dn.sapo.pt/2005/03/01/negocios/lucros_banca_privada_aumentam_165_20.html - 51k -

DN Online: Lucros dos bancos aumentaram 30% em 2005
Lucros dos bancos aumentaram 30% em 2005. Paula Cordeiro. A banca portuguesa viu os seus lucros crescerem 30% em 2005, face ao ano anterior, de acordo com ...dn.sapo.pt/2006/07/11/economia/lucros_bancos_aumentaram_30_2005.html - 40k -

DN Online: Lucros dos bancos privados subiram 23%
A soma dos lucros dos quatro maiores bancos privados portugueses subiu 23%, para 1137 mil milhões de euros, no primeiro semestre, face a igual período de ...dn.sapo.pt/2007/08/01/economia/lucros_bancos_privados_subiram_23.html - 39k -

Bancos combinam recurso a garantia do Estado
Numa acção combinada, os cinco principais bancos a operar no país admitiram recorrer à garantia de financiamento do Estado. Só o BCP disse poder usar o aval ainda este ano. A porta foi aberta também pelo BES, BPI, Santander e Caixa.
Contactadas, as instituições não quiseram prestar esclarecimentos adicionais.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1033836

E para as empresas e as famílias que durante décadas engordaram esses parasitas, esses agiotas com tudo o que lhes foi pedido e imposto? Quais os apoios?
Nos tempos difíceis que iremos viver, não deixando de aproveitar todas as oportunidades para clamar por justiça e pedir ajuda para o combate ao flagelo da fome, lembro que há instituições que deviam ter falado em defesa dos pobres e dos desamparados e que se calam.

E é só isto que me surpreende...

21.10.08

"Aurora", 25 de Outubro 1917


A história registou ao longo dos tempos, revoluções que influenciaram de forma determinante a vida dos povos e a marcha do mundo, mas nenhuma se igualou, pelos seus efeitos, à Revolução de Outubro, que, elevando a classe operária à condição de classe dominante, abriu caminho à construção duma sociedade de um novo tipo, inscreveu como objectivo supremo a liquidação de todas as formas de exploração e opressão social e proclamou a paz e a amizade entre os povos como normas que deviam reger as relações entre Estados.


Na madrugada do dia 25, foi do Cruzador "Aurora" que partiu o tiro que deu sinal aos bolcheviques, para o assalto ao Palácio de inverno, que foi efectuado por uma amalgama de povo, marinheiros do Aurora, camponeses e desmobilizados.

Com a Revolução de Outubro, milhões de hectares de terras foram distribuídas pelos camponeses pobres, os operários e os camponeses alcançaram a possibilidade direitos e liberdades democráticas e de participar na gestão da vida económica e social. O analfabetismo foi erradicado num muito curto espaço de tempo, estabeleceram-se amplos serviços de apoio às populações e à infância. Foram abolidas todas as leis que consagravam a discriminação das mulheres e a maternidade foi pela primeira vez no mundo considerada uma função eminentemente social.
A Revolução de Outubro não foi um erro, nem fruto do acaso, mas o resultado da profunda crise económica, política e social que atingia a generalidade dos países, em consequência da guerra 14/18, assumindo na Rússia uma dimensão sem precedentes, uma crise que havia posto em movimento grandes massas - operários, camponeses, e soldados - sujeitas a uma situação insuportável, uma situação que colocava na ordem do dia «não a aplicação de certas "teorias", mas medidas mais extremas, práticas e realizáveis, porque sem essas medidas extremas era a «morte pela fome, a morte imediata e intolerável de milhões de seres humanos».

No passado, os oportunistas rejeitaram a Revolução pelo facto do capitalismo ainda não ter esgotado as suas potencialidades, hoje rejeitam-na igualmente por considerarem o capitalismo o melhor dos mundos possíveis...

19.10.08

Nem sei que título lhe dê...

O Papa voltou, a condenar todos os métodos contraceptivos.
Bento XVI diz que os casais que os usam estão a «negar a verdade do amor conjugal».
O Vaticano condena a utilização de qualquer método para o controlo da natalidade. A posição é expressa num texto, assinado pelo Papa, distribuído a 03-10-2008 pelo serviço de imprensa da Santa Sé.

A única excepção admitida é a abstinência, mas mesmo neste caso a Igreja Católica advoga que apenas deve ser um recurso para casais que atravessem dificuldades graves...

Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo. (Mt.23.3,4)
Em vez de se obcecarem na condenação seria melhor preocuparem-se com a misericórdia...

18.10.08

Quem nos acode...?




Está a acontecer centenas de vezes por dia, que, alguém liga para o 112 e do outro lado ninguém atende.

O Instituto Nacional de Emergência Médica está a deixar por atender centenas de chamadas por dia na linha 112.
A situação agravou-se com a introdução, há sete meses, de um novo sistema informático, anunciado como o último grito da tecnologia.

Como somos um pais de pagantes, e pouco reclamantes, recomendo que não se deixe ficar isto por aqui...
Depois de passada a aflição, em casos de não atendimento do 112, a queixa deve ser endereçada à IGAI - Inspecção Geral da Administração Interna, com conhecimento ao Ministério Público, para que o mesmo apure responsabilidades, pelo danos que foram causados, tanto físicos como materiais.
( Referir com exatidão data e hora, local e nº de telefone de origem bem como se possivel apresentar as provas ou testemunhas possiveis...)

O português tem de se habituar que as queixas têm de ser feitas por escrito para os locais próprios e mentalizarem-se que, não é fazendo comentários com os vizinhos que os problemas se resolvem.
As pessoas deviam ter nos telemóveis o número de telefone da autoridade local bem como do Corpo de Bombeiros da área da sua residência, para o caso de ninguém atender no número 112, coisa que acontece com relativa frequência, apesar dos responsáveis afirmarem que isso acontece raramente.

17.10.08

Bons exemplos...


Uma das patologias de que padece este pais, são os políticos e os gestores por eles nomeados ( Vulgo Boys) ... Há países onde as coisas não se passam como por cá...

Josef Ackerman, presidente do Deutsche Bank anunciou ter renunciado ao seu bónus anual, no valor de alguns milhões de euros, por "solidariedade" nestes tempos de crise financeira.
"Anunciei ao Conselho Fiscal do Deutsche Bank que renunciava neste ano difícil ao meu bónus em proveito de trabalhadores que têm mais necessidade de dinheiro que eu", explicou o patrão do principal banco alemão ao semanário Bild am Sonntag.
Os outros três membros do direcção do banco vão seguir o seu exemplo, precisou o Deutsche Bank
.
Por cá subsiste a ideia por parte do Estado, de que se tivermos uma "vaca leiteira", é para mungir até sair sangue...o que interessa é o hoje, amanhã se verá...Se a vaca ainda estiver viva podemos chicotear-la...
É assim que tratam os contribuintes !

13.10.08

Divulgação 18-10-2008






10.10.08

Amigos destes?

A proposito de uma resolução para interditar o espaço aéreo português a voos com origem e destino à base de Guantanamo, em Cuba, onde os Estados Unidos têm detidos suspeitos de terrorismo, tive o desprazer de ouvir considerações de "ser um absurdo" por VJ, afirmando que a resolução iria pôr em causa «os compromissos internacionais» do país com «a NATO e um aliado».
Para o deputado do PSD, JL Arnaut, os Estados Unidos são um aliado histórico de Portugal...
Para os mais desatentos. recomendo a leitura de " Angola, Anatomia de uma tragedia, do Gen Silva Cardoso"

Os EUA sempre apoiaram os movimentos subversivos (FNLA), por meio de uma matilha de agentes da CIA disfarçados de missionários, contribuindo com as suas armas e dinheiro para o abate de militares portugueses. Eram tão nossos amigos que chegaram a votaram contra Portugal , na UN a 15 03 1961.

Dificultaram as operações da FAP e da AP, ( chegando mesmo a dar apoio a actos de pirataria em alto-mar) e apoiaram a invasão dos territórios de Damão e Goa pela UI.
Após 1975, apoiaram a invasão de Timor, "de jure" a data, ainda provincia Portuguesa, pelos militares da Indonesia.
A memoria é curta...

7.10.08

Maratona de leitura da Biblia...

Há nas escrituras algumas passagens que ( ainda)me deixam admirado...
Dependendo da disposição ou luz sob a qual for lida, podemos deslocar a retina, provocar desvios de carácter e dar origem a fundamentalismos...
Podemos ao longo da leitura deste livro encontrar justificação para:

Escravizar outras pessoas...

Êxodo 20:17 , 21:20-21.26-2 ; 21:1-4; . 21:7; Deut. 15:12-18; Lev. 25:44-46, e Lev. 25:48-53; Deut. 5:21...

Não dar direitos civis às mulheres equiparáveis aos dos homens...

Gênesis: 3:16; 4:19; 16:2; 19:8, e 21:10.Êxodo: 20:17; 21:2-4; 21:7; 21:22-25, e 22:16-17.Levítico: 12:1-5 e 27:6.Números: 3:15; 5:11-31, e 27:8-11.Deuteronômio: 21:10-13; 22:13-21; 22:28-29; 24:1; 25:5-10, e 25:11.Juízes: 19:16-30...

Assassinar comunidades inteiras...

Num. 21:34-35; Deut. 2:21-23.33-35; Deut. 7:1-2; Jos. 8:24; Jos. 10:26-42; Jos. 21:43-45; Juízes 4:15-16, Sam. 27:8-9...

Punir inocentes por crimes de outrem...

Jos. 7:19-26...

Aprovar a violação...

Deut. 21:10-14; Deut. 25:5-10...

Aprovar o roubo e a utilização de práticas enganosas para tirar vantagens materiais de outras pessoas...

Deut. 2:33-35; Jos. 8:2; 1 Crôn. 5:20-21; Gên. 12:11-20; Gên. 20:1-16; Gên. 26:6-15, e Gên. 27.

Defender a intolerância racial e religiosa...

Deut. 7:1-2; Deut. 20:15-18; Lucas 19:26-28; João 12:48; 1 Cor. 10:20-22, e Gál. 1:9.

Esta sempre foi da minhas favoritas...Num. 31:7-18... ou Pedro 3:5-7... pela negativa!


"Nenhum homem pode delegar a outro o direito de decidir sobre a sua conduta; ele deverá raciocinar sempre com a própria cabeça, conferindo toda decisão com a sua experiência pessoal".
Nietzsche


Já sei que vão surgir muitos a dizer que faço uma interpretação desfocada... e não o são todas?
Para os preguiçosos de ler em papel, http://www.bibliaonline.com.br/vc+vc

6.10.08

Efectivamente sem moralizar...


Efectivamente escuto as conversas
Importantes ou ambíguas
Aparentemente sem moralizar... ( GNR)
Efectivamente sem moralizar ....sobre os efeitos maléficos da concessão de créditos sem a captação de poupança, sobre ciclos económicos, sobre a subida de preços, ...

Efectivamente sem moralizar ...sobre a instabilidade do sistema por falta de regulação, fiquei a pensar nas palavras de TS!



Se os depósitos têm uma garantia formal (com um limite pré-definido) e uma outra garantia velada (a que o Banco de Portugal vai socorrer a totalidade dos depósitos ), os depositantes têm todas a razões para deixar o dinheiro nos bancos sem olhar aos riscos?
E se todos os bancos sofrerem uma corrida aos depósitos como é que vão poder explicar que não socorrem igualmente a totalidade dos seus depositantes?


Efectivamente sem moralizar... sobre o facto de um aumento da quantidade de moeda diminuir o valor da moeda para zero... o que levará hipoteticamente os reguladores suspender todos os levantamentos de depósitos (a primeira das divagações), aumentando a probabilidade de uma corrida aos bancos generalizada na tentativa de levantamento antes de tal suspensão.
Efectivamente ... veremos o que mais se dirá acerca disto em dias proximos...


5.10.08

05 Outubro




Uma da manhã de dia 4outubro 1910...Do Centro Republicano de Santa Isabel, situado nas proximidades do quartel de Infantaria 16, em Campo de Ourique e onde combinara encontro com o grupo carbonário chefiado pelo civil Meireles, o 2º Tenente Machado Santos sai para cumprir a missão que lhe fora confiada. Apenas dispõem de catorze armas. Mesmo assim não hesitam, nem sequer esperam o quarto de hora que ainda falta para a hora combinada. Tomam Infantaria 16 onde os sargentos tinham sido já conquistados na totalidade por Machado Santos.
Não muito longe dali, em Artilharia 1, o capitão Afonso Pala procura cumprir a parte que lhe coubera nesta jornada histórica. É ele a quem cabe dar ordem de fogo aos canhões que vão anunciar o início da revolução. Este está marcado para a uma da manhã.
Se em Infantaria 16 os carbonários não esperam pela hora, em Artilharia 1 ainda não era meia-noite e meia hora e já esses revolucionários civis estavam dentro do quartel.
Porém, a tarefa de Afonso Pala encontra dificuldades com que não contava. A antecipação do ataque ao quartel de Campo de Ourique fizera accionara o alarme geral por parte do Comando Militar da Divisão.
Entretanto, chega a informação do suicídio do Almirante Cândido dos Reis, carbonário e chefe militar da sublevação.
Seriam cerca de 7 horas da manhã do dia 4 quando a notícia da morte do almirante Cândido dos Reis chegou à Rotunda. O velho militar republicano e chefe carbonário aparecera morto, para os lados de Arroios. Suicidara-se ao julgar que a Revolução voltara a falhar.
No acampamento revolucionário a noticia causa grande abalo. Os oficiais presentes decidem reunir em conselho. Ao todo não chegam a ser uma dúzia. Na cocheira do palacete do conde de Saborosa reúnem duas vezes para avaliar a situação. Concluem que não há nada a fazer e votam por abandonar o local. Há apenas um voto contra: Machado Santos.
Vestem-se à civil e partem cada para seu lado. Um é teimoso e fica: Machado Santos.
Os que partem alegam que o plano geral tinha falhado e que o Governo podia dispor de forças mais que suficientes para esmagar a concentração da Rotunda. Os 4470 soldados e os 3771 polícias controlados pelo estado-maior monárquico chegavam e sobravam para dar cabo das quatro centenas de carbonários civis e militares que estavam no Parque. A Marinha tardava em dar sinal de si. Os dirigentes políticos do Directório tinham faltado nos locais combinados.
Agora sem oficiais, Machado Santos manda tocar a sargentos. Respondem nove. Estão para o que der e vier. São todos carbonários. Vão ficar na História: serão os comandantes dos menos de 200 militares que restam depois da saída dos oficiais. Alguns jovens cadetes da Escola de Guerra estão lá também. O reduto revolucionário dispõe de oito peças para sustentar a sua defesa pesada. As barricadas são aquilo que se pode arranjar: toscas, improvisadas, incapazes de resistir a um ataque a sério das forças monárquicas.
Ao meio-dia e meia hora começam a chover as primeiras granadas que anunciam a chegada de Paiva Couceiro à frente das baterias de Queluz. A pontaria não é de aprendiz de artilheiro. Caem em cheio sobre a primeira linha de fogo. O duelo de peças é feroz e intensa a fuzilaria que envolve por completo a Rotunda. No meio do combate, Machado Santos olha para o lado e vê, ainda vestido a paisana, um dos oficiais que tinha abandonado o acampamento revolucionário. Era o alferes Camacho Brandão, que regressava para se pôr ao lado dos que aquela hora já morriam pela República. De volta a Rotunda, é-lhe confiado comando das peças que vão conseguir suster o ataque de Paiva Couceiro. Durante toda a luta, dirigiu o tiro de artilharia com um tal convencimento que pôs as tropas monárquicas em completo desnorteio. Comandava o fogo das peças com «tanta serenidade e com um movimento de braços tão compassados como se estivesse dirigindo a orquestra de S. Carlos!»
Por volta das quatro da tarde, as baterias de Queluz entendem que o melhor é voltarem para as frescas bandas da Serra de Sintra e com este ânimo põem-se a caminho da respectiva unidade.
Ao romper da alvorada de dia 5 já a República podia ser dada como certa em Portugal. Finalmente a Marinha estava onde era ansiosamente esperada pelos resistentes do Parque.
Os «doidos» da Rotunda tinham mesmo conseguido pôr fim a oito séculos de Monarquia. A teimosia do seu chefe fizera-se História.
Às oito e trinta da manhã de dia 5, Machado Santos desce pela Avenida a caminho do quartel-general monárquico instalado no Palácio do Almada, no Largo de S. Domingos. Vai acontecer o último acto do regime real.
«O herói levava a farda desabotoada, poeirenta, barba de três dias e só uma dragona.» No meio de uma multidão, que o arranca de cima do cavalo e o leva ao colo até a entrada do Palácio, Machado Santos vem acompanhado de uma guarda de honra de soldados, marujos e civis, «num desalinho impressionante, mas empunhando as carabinas com aquela decisão e desenvoltura de quem iria vender a vida pelo preço de um por dez.» — Diz quem viveu esse momento ao seu lado.
«Aos que ficaram na Rotunda tremeu-lhes a passarinha durante aquela meia hora de ausência do Chefe, até a população surgida de toda a parte coalhar como um mar de gente a Avenida da Liberdade de lés-a-lés.» — Recorda o herói.
Seriam para ai umas três da tarde, quando Machado Santos volta a Rotunda: — «e então que caras eu lá vi!»
«Todos me tratavam democraticamente por tu, mesmo pessoas que eu nunca vira; todos desejavam tornar-se vistos por mim para mais tarde eu poder certificar que haviam estado na Rotunda! Mas os valentes, os heróis, esses quedaram-se muito sossegados à sombra das árvores como que envergonhados da vitória alcançada e que só ao seu heroísmo era devida!»
Mas se a Revolução estava ganha e a República triunfante, começava todavia o drama republicano, a longa e laboriosa tragédia do regime que havia de ser decapitado dezasseis anos depois daquela madrugada esplêndida. Antes de mais, o Governo cuja composição foi anunciada nas varandas da Câmara Municipal não correspondia àquele que Machado Santos e outros desejavam.
O Governo que acompanha a proclamação solene da República, do alto das varandas da Câmara Municipal de Lisboa, põe logo indisposto o comandante revolucionário. Estava quase todo trocado. Ainda durante a manhã do dia 5, Machado Santos volta para junto dos seus carbonários na Rotunda, e, não fora a feliz ideia de Brito Camacho de promover a ida do novo Governo ao acampamento do alto do Parque Eduardo VII, talvez as comemorações da Revolução republicana não fossem hoje exactamente no dia 5 desse mês...



4.10.08

Este pais...está a saque! IV

Preço do petróleo cai mais de 11% esta semana...
As petrolíferas voltaram a aumentar os preços dos combustíveis em cerca de dois cêntimos para reflectir as cotações internacionais dos produtos refinados que subiram na semana passada 5,2 por cento na gasolina e 5,3 por cento no gasóleo.
A Galp Energia subiu os preços esta quinta-feira às 00h00, avançou fonte oficial da petrolífera à Agência Financeira.
Assim, quer a gasolina, quer o gasóleo estão dois cêntimos mais caros, apesar das últimas quedas do preço do petróleo....
Se eu tivesse dons divinatórios, diria que se aproxima algo do genero de após temos pago indeminizações milionárias a uns quantos "injustamente" nacionalizados, vamos voltar a ter de comprar o que já foi nosso...

30.9.08

E julgareis qual é mais excelente,...Se ser do mundo rei, se de tal gente

Independentemente do conceito subjectivo que está por detrás das palavras "dever" e "cidadania", penso que é bom de vez em quando ir buscar inspiração e coragem a pessoas que nos deixaram bons exemplos.
Talvez fosse bom relembrar aqueles que nos deixaram exemplos valorosos.

Há histórias, que não vendem jornais.... Há historias de quem cumpre o seu dever ... ainda bem!

http://www.youtube.com/watch?v=vdbFnnTw5I8

E julgareis qual é mais excelente, ...Se ser do mundo rei, se de tal gente!

28.9.08

EDACI 12 - 50 anos.. " ZANAGA" ( Set 1958)


1:1 In the Beginning God created Radar.

1:2 And the Radar was without form, and void; and darkness [was] upon the face of the PPI. And the Spirit of God moved upon the Circuit Diagrams.

1:3 And God said, Let there be a Power Supply: and there was a Power Supply.

1:4 And God saw the Power Supply, that [it was] good: and God divided the Power Supply with an On/Off switch and a Light which was often in darkness.

1:5 And God called the Light “On”, and the darkness he called “Off”. And the ”On/Off” switch and the Light was the first day.

1:6 And God said, Let there be Wiring in the midst of the system, and let there be Dividers to control the potentials.

1:7 And God made the Wiring and the Dividers: and it was so.

1:8 And God caused the potentials to be divided and the wiring to carry current. And the evening and the morning were the second day.

1:9 And God said, Let there be Magnetrons and Klystrons and let Modulators appear.

1:10 And God commissioned the Transmitter: and God saw that [it was] good.

1:11 And God said, Let there be Receivers, the Logarithmic Amplifier, [and] the circuits yielding the Waveforms of every kind upon the earth: and it was so.

1:12 And the Receivers brought forth Signals, [and] Waveforms of every kind, and the Logarithmic Amplifier did not saturate: and God saw that [it was] good.

1:13 And the evening and the morning were the third day.

1:14 And God said, Let there be Targets in the firmament of the heaven day and night; and let them be for Defence, and for Reconnaissance, Attack and for Cargo, and Passengers.

1:15 And let them be illuminated by Radar in the firmament of the heaven to give light upon the PPI: and it was so.

1:16 And God made two great Systems; the greater system to give Early Warning, and the lesser system to make the Intercept: [he made] the Navaids also.

1:17 And God set them to shine into the firmament of the heaven to give light upon the PPI,

1:18 And to rule over the day and over the night, and to track the Aircraft in the darkness: and God saw that [it was] good.

1:19 And the evening and the morning were the fourth day.

1:20 And God said, Let the Vendors bring forth abundantly the components that make Radar life, and [that which] may illuminate above the earth in the open firmament of heaven.

1:21 And God created great Antennae, and every component that moveth, which the Vendors brought forth abundantly, after their kind, and every winged aircraft after his kind: and God saw that [it was] good.

1:22 And God blessed them, saying, be fruitful, and multiply, and fill the PPI with targets, and let targets multiply on the PPI.

1:23 And the evening and the morning were the fifth day.1:24 And God said, Let the earth bring forth the living creature after his kind, Technicians, and Mechanics, and the Scope Dopes of the earth after his kind: and it was so.

1:25 And God made the Technicians after his kind, and Mechanics after their kind, and every Scope Dope that creepeth upon the earth after his kind: and God saw that [it was] good.

1:26 And God said, Let us make Officers in our image, after our likeness: and let them have dominion over the Technicians and the Mechanics and over all the earth, and over every creeping Scope Dope that creepeth upon the earth.

1:27 So God created Officers in his [own] image, in the image of God created he him; male and female created he them.

1:28 And God blessed them, and God said unto them, Be fruitful, and multiply, and replenish the earth, and subdue the Other Ranks: and have dominion over the Systems, and over the Aircraft of the air, and over every living thing that moveth around the Station.

1:29 And God said, Behold, I have given you every kind of Radar, which [is] upon the face of all the earth, and every Vendor, in which [is] the fruit of a factory yielding equipment; to you it shall be for meat.

1:30 And to every Technician of the earth, and to every Aircraft of the air, and to every Scope Dope that creepeth upon the earth, wherein [there is] life, [I have given] every kind of system for meat: and it was so.

1:31 And God saw every thing that he had made, and, behold, [it was] very good. And the evening and the morning were the sixth day.

2:1 Thus the Radar Systems and the Personnel were finished, and all the host of them, but God did not rest......

2:2 And on the seventh day God had to fix the Radar for it had gone faulty.