A revolta começou na madrugada de 3 Fev 1927, com a saída do quartel do Regimento de Caçadores 9, (berço de iniciativas Republicanas tal como a revolução do 31 de Janeiro), sob comando do Gen. Sousa Dias, a que se juntou uma companhia da GNR da Bela Vista e uma parte do Regimento de Cavalaria 6 (R.C.6) de Penafiel, e pelo Regimento de Infantaria 13 (R.I.13) de Vila Real.
No dia seguinte vieram juntar-se aos revoltosos os militares do Regimento de Artilharia 4 (R.A.4) de Amarante.
Fiel ao Governo mantiveram-se os Regimento de Infantaria 18,(R.I. 18) que tinha como comandante o Cor. Raul Peres, o Regimento de Cavalaria 9 (R.C.9) e o Regimento de Artilharia 5 (R.A.5) da Serra do Pilar.
Dos quartéis os revoltosos dirigiram-se para a zona da Batalha, onde estavam as sedes do Q.G. e do Governo Civil e onde ficava a mais importante estação do telégrafo. (repetindo os passos dos revoltosos de 31 Janeiro 1891).
Foram feitos prisioneiros o Gen. Ernesto Sampaio e o Cor. Zamith, respectivamente 1º e 2ºCmds da Região Militar; o TCor. Nunes da Ponte, Governador Civil do Porto, e o seu substituto, Maj. Sequeira Tavares; o comandante da força que fazia a guarda ao Q.G. Ten. Alão, e o presidente da Comissão de Censura.
Foram montadas barricadas e posições em diversos pontos da cidade, tal como cimo da Rua de 31 de Janeiro, na bifurcação com a Rua de Santa Catarina cognominada de "a trincheira da morte", na confluência das ruas de Cima de Vila e da Madeira, à esquina do Hospital da Ordem do Terço, no Largo do Corpo da Guarda, onde se levanto o pavimento da Rua de Alexandre Herculano, na junção com a Praça da Batalha e a Rua de Entreparedes, onde se montaram duas peças de artilharia. Começou o grande duelo de artilharia entre as duas margens do Douro, partir das 16 horas do dia 5. (Onde membros desta Cohorte combateram com bravura, facto que foi testemunhado e passado aos vindouros...)
No dia 6 seguiu de Lisboa para o Norte uma expedição a bordo do navio "Infante Sagres" que desembarca em Leixões no dia 7, deixando desguarnecida a capital. Foram montadas peças de Artilharia pesada no Monte da Virgem em Gaia, sendo as posições dos revoltosos flageladas por fogo cerrado.
Na tarde do dia 7, o Q.G. revoltoso, baseado no Teatro de S. João, dispersou todos os civis das redondezas, devido a gravidade da situação.
Foi planeado de um ataque à baioneta contra as baterias do R.A.5 que invertesse a situação até a chegada de reforços de unidades revoltosas de Lisboa, mas não chegou a ser lançado.
(Em Lisboa a revolta era esmagada entre outros pelos então Ten. Humberto Delgado e Ten. Henrique Galvão...)
À meia-noite, foi pedido ao Maj. Alves Viana, da GNR, que fizesse chegar ao R.A.5, em Gaia, onde estava o comando das tropas governamentais, um documento assinado apenas pelo Gen. Sousa Dias em que se propunha a rendição das forças revoltosas sobre determinadas condições, nomeadamente a "isenção de responsabilidade aos sargentos, cabos e soldados e toda a responsabilidade aos oficiais". O Q.G. das forças fiéis ao Governo, pela pessoa do Ministro da Guerra TCor. Abílio Passos e Sousa respondeu à mensagem concedendo a isenção de responsabilidades apenas a cabos e soldados.
Pelas 3 horas da manhã, o Gen. Sousa Dias mandou informação de que aceitava as condições propostas...
O que se seguiu foi a repressão violentíssima da revolta, com fuzilamentos sumários e deportações para as prisões dos Açores e de África , que se abateu, sobretudo sobre os militares de patentes mais baixas.
Fotos dos militares deportados Cohorte VII
Embarque em Leixões e prisão em Angra, Açores.